Após os rumores de sua saída como ministra da Cultura, a atriz Regina Duarte foi oficialmente dispensada de suas funções pelo Governo Bolsonaro.
Em evidente tentativa de evitar polêmica, Regina gravou um vídeo ao lado do presidente, sorrindo, questionando ironicamente se as recentes matérias divulgadas a seu respeito, sobre um processo de ‘fritura’ do seu nome à frente da pasta da Cultura, realmente procediam e em resposta, Bolsonaro sorriu e disse que a imprensa elege a cada semana um nome para fritar, na tentativa de causar uma crise, buscando derrubar o seu Governo.
Ainda no vídeo, a atriz menciona que assumirá o Cinemateca em São Paulo, o que segundo ela é um braço muito requisitado entre os profissionais da Arte e Comunicação, bem como, disse que será uma ótima oportunidade de continuar de alguma forma no Governo ajudando e mais presente na vida de seus familiares.
Bolsonaro, complementou, dizendo que entende Regina Duarte como uma pessoa que busca ajudar o Brasil e que sua presença fará falta em Brasília, mas que seu trabalho na capital paulista, será de grande valia para o país.
Em vias de fato, Regina Duarte já vinha sendo considerada por bolsonaristas uma grande decepção. O próprio presidente, em alguma ocasiões, já vinha demonstrando certo incômodo com a distância de sua ministra, que segundo vários canais de imprensa, trabalhava diretamente do seu apartamento em São Paulo.
Ainda que no discurso em vídeo a pauta sugira uma harmonia, a realidade que vinha se desenhando era de desgaste, culminando agora com a sua demissão ao final.
Incapaz de emplacar ações efetivas, sobretudo em prol a sua própria classe artística, que vem sofrendo bastante com os desdobramentos da pandemia do novo Coronavírus, Bolsonaro já vinha sinalizando que haveria um ponto final e começou a dizer isso por meio de ações, interferindo no Ministério, exonerando nomes indicados por ela, etc.
Segundo informações, o Ministério da Cultura deverá divulgar nos próximos dias um vídeo sobre o trabalho desenvolvido por Regina durante seu tempo no Governo.