Teich afirma “Não há como prever o fim da pandemia”

O ministro da saúde, Nelson Teich, garantiu em videoconferência com senadores que o fim da pandemia não está explícito em seu radar, justificando que os modelos existentes não possuem garantia de 100% para comprovação estimada.

Em sua fala, Teich afirmou que o país contabilizou até o momento 449 óbitos por Covid-19 e 6276 casos novos em 24 horas. A soma total corresponde à 5466 mortes pelo vírus.

Questionado sobre a entrega de respiradores – aparelho essencial para tratamento de pacientes com insuficiência respiratória – o ministro informou que o cronograma de entrega atende apenas parte da demanda atual, mas que o ministério está buscando alternativas, soluções fora do Brasil. A única alternativa divulgada foi em relação a criação de um canal exclusivo para atendimento com empresas e pessoas que consigam montar respiradores.

Em relação ao cancelamento de 15 mil respiradores da China, Teich afirmou a motivação não é ideológica, justificando por ter sido cobrado o pagamento de metade do valor na Suiça e que este processo foi realizado por um intermediário antes da sua posse.

Diferentemente de seu antecessor, o atual ministro da saúde, Nelson Teich, defendeu nas entrelinhas do seu discurso, sua posição sobre o que o presidente Jair Bolsonaro, define como – Isolamento vertical.

Sobre ficar em casa, vai haver situações, dentro de uma política sendo desenhada, em que ficar em casa vai ser a melhor solução para algumas pessoas, não para todas. Isso vai ser detalhado. Então, idealmente, a gente vai trabalhar isso aí de uma forma mais específica“, afirmou o ministro.

Em outro momento, Teich rebateu algumas ponderações de senadores insatisfeitos com suas declarações sobre o isolamento social e que isso, segundo eles, tem causado reflexos sociais, fazendo com que as pessoas voltem a um ritmo que as coloca em risco.

A gente como ministério nunca se posicionou para sair do distanciamento. Isso tem que ficar muito claro. Nunca“. rebateu Nelson Teich

Segundo o Governo, há um estudo em andamento sobre a testagem em massa de pessoas para diagnostico do Covid-19, porém, admitem que a situação é complexa, pois não há até agora um teste rápido com resultados cem por confiáveis, o que prejudica sua aplicação.

O ministro também se mostrou preocupado junto ao Ministério da Saúde pela situação que se encontra o Estado do Amazonas, que até o momento registra 380 óbitos pelo novo coronavírus. Embora não seja o maior em número de casos, o sistema de saúde local está fragilizado e entrou em colapso.

De acordo com o secretário executivo, general Eduardo Pazuello, um plano de ações foi apresentado ao ministro e que amanhã partirá um avião até a capital Amazonense, que levará respiradores, Equipamento de Prevenção Individual (EPI), bem como outros materiais que serão usados no combate à doença local.

Segundo Pazuello, todas as regiões estão sendo monitoradas e as ações estão seguindo critérios específicos, levando em consideração a realidade da saúde local.

A prioridade é de acordo com situação de calamidade vivida. Nenhuma região está deixando de ser observada nem de receber o combinado, como a abertura de leitos“, disse Pazuello

*Com informações do Portal Uol.com.br