Após 3 meses, assassino do ator Rafael Miguel e dos pais dele continua foragido da Justiça

Após três meses, o assassino de Rafael Miguel e dos pais dele continua foragido da Justiça e é procurado pela polícia de São Paulo.

O empresário Paulo Cupertino Matias, de 48 anos, é investigado por ter matado a tiros o ator de 22 anos e o casal João Alcisio Miguel, de 52, e Miriam Selma Miguel, 50, no último dia 9 de junho na Zona Sul da capital.

Segundo a Polícia Civil, Paulo atirou 13 vezes nas vítimaporque não aceitava o namoro de sua filha Isabela Tibcherani Matias, 18, com Rafael. Câmeras de segurança gravaram parte do crime. Imagens mostram as vítimas caindo após serem baleadas e o empresário fugindo.

Brasil e exterior

Policiais já compartilharam informações e verificaram mais de 60 endereços em seis estados para tentar localizar o paradeiro do assassino. Além de São Paulo, tiveram informações das policiais de Minas Gerais, Espírito Santo, Paraná, Goiás e Mato Grosso do Sul.

Entre os dias 9 de junho e 31 de julho, os serviços Disque Denúncia, que atende pelo número de telefone 181, e Web Denúncia receberam juntas 54 denúncias sobre o possível paradeiro de Paulo.

A polícia informou ainda que devido a possibilidade de o pai de Isabela ter fugido para outro país, foi pedida a inclusão do nome dele na lista de criminosos mais procurados do mundo, a Interpol.

A investigação ainda divulgou fotos dos possíveis disfarces que o homem procurado pelos assassinatos possa utilizar para não ser reconhecido.

A pedido da polícia, a Justiça bloqueou a única conta bancária em nome de Paulo. A ideia dos investigadores é que, sem poder movimentar dinheiro para continuar se escondendo, o comerciante decida se entregar.

Policiais ainda apuram a possibilidade de Paulo estar recebendo ajuda de outras pessoas para não ser preso.

Ele já teve passagens criminais anteriores por outros crimes, como agressão e roubo. Em seu braço está tatuado ‘Marginal sempre marginal’.

Investigação

O caso é apurado pelo 98º Distrito Policial (DP), no Jardim Miriam, que já ouviu os depoimentos de testemunhas, entre elas o de Isabela e o da mãe dela, Vanessa Tibcherani de Camargo, de 39 anos.

Apesar disso, a polícia ainda não concluiu o inquérito porque depende do Instituto de Criminalística (IC) marcar a data da reconstituição do crime, o que ainda não ocorreu.

A polícia pede a quem tiver informações sobre seu paradeiro para ligar 181, número do Disque-Denúncia. Não é preciso se identificar.